quinta-feira, 8 de março de 2012

O Contador de Histórias



História cativante e incentivadora de Roberto Carlos Ramos, o filme O contador de Histórias, traz às telas a trajetória de um garoto que é deixado na FEBEM para se tornar ‘doutor’,história essa que é marcada por uma trajetória de aparente declínio, mas que posteriormente há uma ascensão de superação desse garoto, ajudado por quem acreditava nele.
                                                                              **A mente pensa tolices, a emoção dá crédito a elas e o EU ingênuo que não sabe descaracterizá-las e filtrá-las, paga a conta. Augusto Cury

Fato que o depoimento de Roberto é exemplo a ser seguido e estudado, pois faz pensar em que momento haverá essa mudança de paradigma, de que meninos na FEBEM serão necessariamente delinquentes. A existência de vínculos afetivos é também considerado como um fator importante para promoção da Resiliência. A aceitação incondicional do indivíduo enquanto pessoa, principalmente pela família, assim como a presença de redes sociais de apoio permitem o desenvolvimento de condutas resilientes.

Roberto vinha de uma família humilde de 10 irmãos. Sua mãe uma senhora analfabeta e simples vê uma propaganda da nova instituição FEBEM que prometia transformar as crianças em um chamado assim ‘Doutor’, e resolve colocar seu caçula la, o Roberto Carlos Ramos. Mas Carlos na instituição só declina, chegando a furtar, ingerir drogas e até pensar em suicídio, porém houve uma reviravolta quando encontra ‘Margarety’, pedagoga francesa que visita a instituição e pede um depoimento dele, logo depois leva Carlos a sua casa, e em meio a infortúnios há um melhora de comportamento por parte de Roberto. No texto é falado da influencia da família e a resiliência que é passada da interação entre os integrantes, ao meu ver acho que houve essa influencia para com Roberto para que houvesse essa melhora.

Margarety se mostra bastante esperançosa e resiliente para com Roberto, influencia familiar necessária para que o próprio se tornasse resiliênte e confiante com si mesmo, confiança que a FEBEM só retirou, instituição distituída de profissionais resilientes.
É importante esclarecer que seria uma erro simplificar a evolução da escola nesse processo. Atribuindo-a a uma simples questão de disciplina e exigência; ‘como é visto na FEBEM em vários momentos’. Prosseguindo na sitação, o ambito afetivo, de compromisso e deditcação dos professores, ofereceu o estímulo que as crianças precisavam para desenvolver suas potencialidades. Isso nos leva a pensar que a introdução do conceito de resiliencia completa e enriquece qualquer enfoque pedagógico. Ou como diz Paulo Freire:

** Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão

Roberto recebeu amor de sua tutora e quase mãe postiça, e com isso pôde adaptar-se as dificuldades, o enfoque que Margharety lhe deu lhe proporcionou esse suporte, superou-se e passando dificuldades como deixar de roubar, aprender a ler através de histórias, e com isso ao final torna-se professor e volta à FEBEM, agora como professor resiliente, dando uma lição de vida e superação.

**O ser humano aprendeu a atuar na vida social com brilho, mas não no teatro psíquico, onde é preciso filtrar os estímulos estressantes, gerir seus pensamentos, proteger suas emoções. Somos tímidos espectadores onde deveríamos ser ágeis atores. Augusto Cury.

História baseada em fatos reais, Roberto hoje é formado em pedagogia e fez pós-graduação em literatura infantil. É considerado um dos 10 maiores contadores de histórias do mundo. Adotou 13 crianças, todos ex-meninos de ruas que hoje formam a sua família e cuidou da sua mãe até a morte dela em 2006.
A resiliência é antes de tudo a resultante de qualidades comuns que a maioria das pessoas já possuem, mas que precisam estar corretamente articuladas e suficientemente desenvolvidas.

**Uns trabalham a argila, outros o mármore e ainda outros peças pra construir aparelhos, mas poucos aprendem a trabalhar o material das decepções, trabalho esse que é começo da Resiliência. autor deseconhecido.


Quando se tem o jogo na mão é mais fácil
Quanto poder
O original não morre falso
Difícil é no peito matar um míssil
E escapar em silêncio do vício
Um sorriso em desespero disse
Que a inocência se foi
Já disseram que a culpa lhe cai bem
Quantos crimes são precisos
Se a inocência se foi "
– Nação Zumbi

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