quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Artigos interessantes...

Estava hoje num grupinho da faculdade, comentando sobre o tão comentado assunto: o tablet do Ari de Sá. Falavamos sobre a preocupação com a educação e a geração futura que cresce cada vez mais apta à uso de tecnologias, mas com poucas habilidades para fazer uso de suas competências mais subjetivas, individuais, sociais e pessoais. Preocupa-me. Que escola darei para meu filho que nao esteja dentro do "sistema" de competição, marketing, moda e "complexos de sucessos empresariais"? Chegando na sala de aula, eu recebo da professora um texto em mãos xerocado (tem coisa mais estudantil que isso? rsrs). Bom, destaco alguns trechos do texto que achei bastante interesse:

"Pais de hoje educam os filhos para o trabalho, mas não para o amor"

Eles fazem tudo que podem para mostrar aos jovens o quanto é importante desenvolver uma carreira mas se esquecem de ensinar-lhes como lidar com os relacionamentos afetivos.
Existe muita dedicação na aquisição de competências profissionais e pouca na de competências para vida amorosa. As pessoas acreditam que nasceram sabendo como se relacionar afetivamente. Mas cresce o número de relações sem harmonia e dignidade, de pessoas incompetentes afetivamente, que geram sofrimento em quem se envolve com elas. Respeito e compromisso aparecem no discurso de muitos, mas não nas atitudes. Não coloco o trabalho em oposição à relação amorosa. Creio que ambos são imprescindíveis para o equilíbrio e a saúde mental. Creio também que é infeliz quem busca realização em um ou em outro apenas. Meu alerta é no sentido de conscientizar e sensibilizar. Se o cuidado na educação para as relações amorosas fosse igual ao que se dá à formação profissional não haveria tanta gente sozinha, infeliz ou vivendo relações insanas.

*Rosa Avello, é psicoterapeuta e especialista em sexualidade humana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário