terça-feira, 30 de agosto de 2011

A cor das flores



"...O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar.,,"  (Paulo Freire)

* O Vídeo foi produzido pela ONCE (Organização nacional de cegos da Espanha) que é uma instituição não governamental que luta pela inclusão e qualidade de vida de deficientes visuais.  Buscam promover a eliminação das barreiras à integração das pessoas portadoras de deficiência. Eu tinha que postá-lo hoje! É um presente para quem assistí-lo. Além do Diego, esse menino lindo e inteligente, o vídeo ressalta a importância dos significados e a percepção dos indivíduos acerca da sua realidade.

Porque, realmente Diego, sempre haverá um passarinho para que cada flor tenha a sua cor!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011


E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.

E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Artigos interessantes...

Estava hoje num grupinho da faculdade, comentando sobre o tão comentado assunto: o tablet do Ari de Sá. Falavamos sobre a preocupação com a educação e a geração futura que cresce cada vez mais apta à uso de tecnologias, mas com poucas habilidades para fazer uso de suas competências mais subjetivas, individuais, sociais e pessoais. Preocupa-me. Que escola darei para meu filho que nao esteja dentro do "sistema" de competição, marketing, moda e "complexos de sucessos empresariais"? Chegando na sala de aula, eu recebo da professora um texto em mãos xerocado (tem coisa mais estudantil que isso? rsrs). Bom, destaco alguns trechos do texto que achei bastante interesse:

"Pais de hoje educam os filhos para o trabalho, mas não para o amor"

Eles fazem tudo que podem para mostrar aos jovens o quanto é importante desenvolver uma carreira mas se esquecem de ensinar-lhes como lidar com os relacionamentos afetivos.
Existe muita dedicação na aquisição de competências profissionais e pouca na de competências para vida amorosa. As pessoas acreditam que nasceram sabendo como se relacionar afetivamente. Mas cresce o número de relações sem harmonia e dignidade, de pessoas incompetentes afetivamente, que geram sofrimento em quem se envolve com elas. Respeito e compromisso aparecem no discurso de muitos, mas não nas atitudes. Não coloco o trabalho em oposição à relação amorosa. Creio que ambos são imprescindíveis para o equilíbrio e a saúde mental. Creio também que é infeliz quem busca realização em um ou em outro apenas. Meu alerta é no sentido de conscientizar e sensibilizar. Se o cuidado na educação para as relações amorosas fosse igual ao que se dá à formação profissional não haveria tanta gente sozinha, infeliz ou vivendo relações insanas.

*Rosa Avello, é psicoterapeuta e especialista em sexualidade humana.

Deixa chover!

Certos dias, de chuva
Nem é bom sair
De casa, agitar
É melhor dormir...

Se você tentou
E não aconteceu
Valeu!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...

As pessoas
Sempre têm
Chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração
Ou não!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...

Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca vai se apagar...

Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca, nada
Nada vai apagar...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nachos para vegetarianos

Bom, peguei essa receitinha já tá com um tempo e estou morrendo de curiosidade de fazê-la. Apenas troquei a opção da carne moída pela soja. O restante é tal qual o chef mandou :)

Ingredientes:

  • 1 kg de soja

  • 5 colheres de sopa de óleo

  • 1 cebola grande ralada

  • 5 dentes de alho amassados

  • 2 pacotes de Doritos (grande)

  • 200 g de queijo cheddar (aquele de bisnaga)

  • 1 colher e 1/2 de sopa bem cheias de pimenta chilli

  • 3 colheres de sopa de molho inglês

  • Sal e temperos como ervas finas, manjerona e outros, a gosto


  • Para o sour cream:

  • 1 caixinha de creme de leite (o de caixinha é menos consistente, por isso é melhor)

  • 1 pote de cream cheese

  • 2 colheres de sopa de vinagre branco

  • Suco de 1/2 limão


  • Modo de Preparo:
    1. Para o preparo do sour cream, bata no liquidificar o creme de leite, o cream cheese, o vinagre e o limão
    2. Reserve
    3. Coloque numa panela o óleo a cebola e o alho e doure, em seguida acrescente a soja e frite bem
    4. Então coloque os temperos do seu gosto, o sal, o molho inglês e a pimenta chilli
    5. Depois de preparada a soja, forre uma travessa com o doritos, coloque a soja por cima, depois o sour cream e por último o queijo cheddar
    6. Coloque no forno por cerca de 15 minutos numa temperatura de cerca de 180º graus
    7. Está pronto!
    É uma comida apimentada, deliciosa! Não esquecer o segredo da receita, a pimenta chilli, que é uma iguaria mexicana. Para quem gosta, aí vai à gosto de cada um. Ainda não fiz, por enquanto só namoro a receita, depois posto as fotos aqui do passo à passo.

    quarta-feira, 17 de agosto de 2011

    segunda-feira, 15 de agosto de 2011

    Turn Your Lights Down Low



    "...I want to give some love, I want to give some good good loving...

    Relaxante, linda e ainda tem um rappzinho...

    "Oh Let your love come shining in into our lives again.."

    Champagne Supernova



    How many special people change?
    How many lives are living strange?

    sábado, 13 de agosto de 2011

    Otto - Por que

    Pois é, a face é vazia...

    Apenas contém todas as expressões possíveis.
    Mas isto é crú, é cruel,
    é muito perdido, é perdição,
    é sem definição, é definitivo.
    os seres sem imagem especular
    freqüentam o limbo entre a vida e a morte, dizem as lendas.

    Assim, o homem foi criado: veio à vida!
    à "imagem e semelhança" de Alguém.
    Para que esse alguém ensaiasse a própria face na argila da beira do rio, já que a água nada refletia.
    Nunca houve um ser com face própria.
    Essa face carnal, tão valorizada,tão expressiva, apenas esconde o nada da outra, a mais radical das angústias humanas.

    Mas apesar disso, vai-se vivendo!

    Pessoas assimilam a ordem das coisas e a ordem dos homens dados pela tradição.
    Assimilam o engano chamado realidade: esta é a Ordem Natural, aquela é a Natureza Humana.
    Subvertê-las é pecado mortal.

    Os eixos de referência do mundo pessoas escutam de outras pessoas.
    O conjunto de sons significativos distribuídos linearmente
    nos traz a configuração do que vemos e ouvimos, coloca-se ordem na somatória confusa de nossas sensações, e onde havia Caos faz-se Cosmos.

    Assim, aprendemos uma linguagem, e com as palavras, a partir da cara que nos dão os outros, (principalmente mamães e papais), por não confiarem na mesmidade de sua face vazia, (aquela anterior à sua cara), por ter compulsivamente de depositarem, seus legados especificamente humano na conta da sagrada família.

    E assim nos definimos...enquanto ainda há tempo, na ilusão eterna de não sermos devorados pela morte.

    A ordem "natural"(lê-se irônico) das coisas...


    sexta-feira, 12 de agosto de 2011

    Duas Estrelas


    A estrela que está no céu
    Pôs-se um dia a voar
    Viu outra estrela nas ondas
    Era a estrela do mar

    As duas estrelas se olharam
    E ficaram encantadas
    Juntas nadaram, voaram
    Duas estrelas apaixonadas

    E ao darem o primeiro beijo
    Tornaram-se uma estrela cadente
    Se a vires, pede um desejo
    Como faz tanta gente

    -Poemas Infantis-

    quarta-feira, 10 de agosto de 2011

    "Coisas de Psi"

    Quantos psicólogos são necessários para trocar uma lâmpada?

    a)- Nenhum. A lâmpada irá mudar ela mesma quando estiver pronta..
    b)- Só um, mas a lâmpada realmente tem que querer mudar.
    c)- Só um, mas isso vai levar nove visitas à princípio.

    (...)

    rsrsrsrsrs

    domingo, 7 de agosto de 2011

    11th Dimension

    Felicidade clandestina

    Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor. Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem. Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada. Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir.

    Não tenha pressa...

    Não tenha medo
    Não venha cedo
    Não mude o enredo
    Pode ser ruim

    Não tenha pressa
    Não tem promessa
    Não dê, não peça
    Não me meça assim

    Só coma os frutos
    Só siga um trilho
    Não colha flores
    Em outro jardim
    Não me escravize,
    Não faça brisa,
    Que o vento vem...
    E te leva de mim
    Não conte os passos
    Não cante gloria
    Não corte o impulso
    Da nossa história
    Não venda a alma
    Não perca a calma
    Respeite os traumas
    Dessa trajetória
    Só coma os frutos
    Só siga um trilho
    Não colha flores
    De outro jardim
    Não me escravize
    Não faça brisa
    Que o vento vem...
    E te leva de mim

    quinta-feira, 4 de agosto de 2011


    Coisa linda do meu bem querer esse moço que fui encontrar...
    Já o conhecia de antes, mas só depois fomos namorar!
    Achava muito simpático, bonito e de alma boa
    E pois num é que ele agora só vive sorrindo à toa!
    Foi encontrar o amor denovo perto de uma tal menina
    Que por pura coincidência logo descobriu que era prima
    Usa até aparelho, é apaixonada por esse moço,
    E adora esse tal de Pedro

    Pic By Eduardo.

    terça-feira, 2 de agosto de 2011

    Sutilmente

    E quando eu estiver triste
    Simplesmente me abrace
    Quando eu estiver louco
    Subitamente se afaste
    Quando eu estiver fogo
    Suavemente se encaixe

    E quando eu estiver triste
    Simplesmente me abrace
    E quando eu estiver louco
    Subitamente se afaste
    E quando eu estiver bobo
    Sutilmente disfarce
    Mas quando eu estiver morto
    Suplico que não me mate, não
    Dentro de ti, dentro de ti

    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti
    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti

    E quando eu estiver triste
    Simplesmente me abrace
    E quando eu estiver louco
    Subitamente se afaste
    E quando eu estiver bobo
    Sutilmente disfarce
    Mas quando eu estiver morto
    Suplico que não me mate, não
    Dentro de ti, dentro de ti

    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti
    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti
    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti
    Mesmo que o mundo acabe, enfim
    Dentro de tudo que cabe em ti.

    Sutilezas Infantis

    Adorei!




    - E você tão pequenininho, vendo esse dinossauro tão grandão, "oquêqueachô"?

    - Cachorro?!
    - Que cachorro o quê?!
    - Eu num sou cachorro não!!

    segunda-feira, 1 de agosto de 2011



    Dó com baixo em dó
    Sol com baixo em si
    Lá com baixo em lá
    Lá com baixo em sol
    Fá com baixo em fá
    Fá com baixo em fá sustenido
    Sol com baixo em sol
    Sol com lá bemol
    Dó maior com dó...

    Flutuando entre mundos

                   Ser fiel a si próprio é um desafio extraordinário num mundo de acordos implícitos, em que toda a gente anuiu em manipular-se subtilmente, sendo que todos o fazem, todos o sentem, todos o reconhecem e ninguém fala nisso. São uma espécie de sub-texto das interacções entre as pessoas. O recriminar subtil e discreto das sobrancelhas que se arqueiam perante o atraso de quarenta minutos do outro, enquanto os lábios são obrigados a repetir mecanica e contrariadamente enquanto os cantos da boca se retorcem "não faz mal nenhum teres-te atrasado" é tão ou mais violento do que uma reprimenda, directa e descarregada. Mas ninguém ousa expressar emoções de vida. Aguenta-se. Carrega-se. Suporta-se. Tolera-se. Aguenta-se. Aguenta-se. E disfarça-se.
                        
                          Não nos atrevemos a expressar vida ou sentimentos, honrando a Coragem que exige sermos fiéis a nós próprios, porque corremos o risco de assustar os outros, afastá-los, levá-los a abandonarem-nos. Se queremos ser carrascos de nós próprios, acredita a parte mais impotente de nós, votemo-nos à rejeição, ao abandono pelos outros, e quebremos aquele que de todos os mandamentos humanos é a mais perversa de todas as leis: não deverás ser quem és, ou o Pai abandonar-te-á e levará com ele a Mãe. Primeiro perderás a força, estímulo e o entusiasmo, seguidamente o apoio e a matéria definhará para sempre debaixo dos teus sovacos. Vais morrer.

                        É verdade que em bebês, o abandono é a garantia da morte. Como adultos, no entanto, ser-se abandonado significa somente ser deixado a sós com a sua própria manipulação e a frustração da sua própria impotência. Sozinhos com nós próprios, o resultado final do ciclo anterior e o motor inevitável da próxima fuga para a frente: o paradigma do que é intolerável numa era de transição da manipulação emocional inconsciente para o apelo da Liberdade enquanto mais e mais irmãos de jornada despertam para a realidade da Alma.
                        
                          E por isso, por esse mesmo medo não nos denunciamos nas nossas manipulaçõezinhas vis e subtis mútuas. Estamos todos ligados... mas enquanto não despertamos para a Alma não é pelos corações que nos unimos; é pelos sentimentos de medo e pelas frequências mentais semelhantes. E todo o desespero frenético de tentar culpabilizar os outros pelos nossos próprios sentimentos, como se nos aliviasse a dor demitirmo-nos da sua autoria ou quiséssemos entregar ao outro a responsabilidade de no-la curar, não é uma solução - é um problema acrescido. Quanto mais acreditamos que o outro nos está a "causar" o que sentimos ou pensamos, mais perdidos estamos do poder pessoal - não aquilo a que uma Humanidade adormecida chama "poder pessoal" como sombras da força física ou inteligência concreta, o património do mecenas, o dinheiro do milionário, o fanatismo da beleza material, a quantidade de diplomas, tatuagens ou lobbies.

                        Mas o poder pessoal que é a primeira portagem. O que antecede, e sucede, a consciência. O poder de criar. O poder de amar. O poder de servir. Urge ir além das grandes águas, essas que nos mantêm submersos e aquém do nosso próprio poder, do nosso próprio e eterno sol interno.