Ela já se emocionou uma vez por causa de um conjunto de palavras juntas. Era um conjunto de palavras que dançavam e cantavam, com muita harmonia, e sintonia com o sentir dela. Ainda hoje lembra o transtorno que causou por ter se emocionado, por ter se deixado levar pelo rio de emoções, de ideias e de lembranças. Aprendeu que a queda do véu d'água que transborda das lágrimas é longo, e que afoga, não a ela, ao outro. A ela liberta. Quanto maior a queda das lágrimas em cachoeiras, mais corre o rio, e a energia de si é mais fluente. Então, hoje, ao se emocionar com um outro conjunto de palavras, reflete o passo que vai dar. Sente os olhos ficarem salpicados da cachoeira que corre dentro dela, sente o arco íris sorrir na íris, mas engole a admiração e os possíveis elogios. Sabe que elogio confunde. Porque as belezas das palavras confundem.
Li isso um dia, me emocionei :)
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