quinta-feira, 28 de julho de 2011

Beleza Roubada - Bernardo Bertolucci


A foto é de Lucy, personagem interpretada por Liv Tyler em um dos melhores filmes do Bernardo Bertolucci, digo, na minha opnião. Esse filme tem uma fotografia belíssima, traz a Itália, massas, ervas e flores do campo, amores e mistérios. Em um cenário permeado por sentimentos como descobertas, frustrações, alegrias e amadurecimento. Recordo demais minha adolescência, justamente por coincidência quando descobri e me fissurei nesse filme. Além da fotografia, ele traz delicadeza, sensibilidade, uma trilha sonora maravilhosa, diálogos e relacionamentos que são pura poesia. 

Nesta cena, a personagem escreve trechos soltos como que numa tentativa de se conhecer através deles, ou como Simone de Beauvoir traduz: universaliza-os. Me identifiquei bastante e indico. 

“Nos períodos difíceis de minha vida, rabiscar frases - ainda que nunca venham a ser lidas por ninguém - me traz o mesmo reconforto que a reza para quem tem fé: através da linguagem ultrapasso meu caso particular, comungo com toda a humanidade.

Toda dor dilacera; mas o que mas o que a torna intolerável é que quem a sente tem a impressão de estar separado do resto do mundo; partilhada, ela ao menos deixa de ser um exílio. Não é por deleite, por exibicionismo, por provocação que muitas vezes os escritores relatam experiências terríveis ou desoladoras: por intermédio das palavras, eles as universalizam e permitem que os leitores conheçam, em seus sofrimentos individuais, os consolos da fraternidade. Em minha opinião, essa é uma das funções essenciais da literatura, e o que a torna insubstituível: superar a solidão que é comum a todos nós e que, no entanto, faz com que nos tornemos estranhos uns aos outros.”
 Simone Beauvoir.




quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Muda! Que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente!
E quando a gente manda, ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude,
nem doença sem cura.

Na mudança de postura a gente fica mais seguro.
Na mudança do presente a gente molda o futuro"

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aquarela




Essa é a história de Karina e de muitos outros brasileirinhos, africaninhos, italianinhos...que não tem o direito e o prazer de voar para bem longe...através dos livros, através de carinho, atenção... Adoro esse vídeo da Fundação Telefônica. O que seria da gente se nao fossem nossos caderninhos, a tia da escola, o convívio com outros, desbravando conteúdos desconhecidos...e isso é tão importante quanto o afeto! Assisti à um trecho do Globo Réporter terça, tirando o sensacionalismo da emissora e a invasão desnecessária de certas cenas. A intenção da matéria foi muito boa, sobre a depedência química de crianças abandonadas na rua.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"..Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida, noves fora, zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver..."

Sobre o meu "estar no mundo"...

O mundo não é aquilo que eu penso, mas aquilo que vivo. E eis o paradoxo porque quanto mais vivo mas penso que conheco o mundo e mais vejo que dele realmente nada sei. E se eu souber de mim?! (e se..) o que faço com isso? A verdade não habita o homem interior, aliás, não há esse homem interior, o homem está no mundo e é no mundo que ele se conhece. O que faço é saber que nada poderei fazer, a não ser persistir a me compreender, como um ser em situação, ligada ao mundo. Será? De fato sinto, que fica mais claro dessa forma, uma vez que se ao invés de nos preocuparmos em contemplar um universo estático de essências eternas, nós poderíamos nos compreender bem mais, ao analisar o dinamismo do espírito que dá aos objetos do mundo seu sentido. E tem mais! Ressalto: esta análise ainda diferencia-se em cada indivíduo. Ou como diria Raulzito: "Cada homem e cada mulher é uma estrela". Somos cheios de signos e siginificados individuais e conjuntos. Então o jeito é: vivenciar cada momento, vivê-los, compreendê-los como um todo, sem verdades, sem conceitos, sem os nossos "à priori".

À priori: do Latim; o que precede à experiência. Mais especificamente, a expressão costuma designar o conhecimento proposicional que pode ser adquirido antes ou independentemente da experiência, isto é, das informações recebidas através da percepção.


terça-feira, 19 de julho de 2011

"Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra,
e que as janelas devem permanecer,
o dia inteiro, abertas para o verde
onde cresça esperança.

Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama,
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã".

E como dizia Chico: "...e pela minha lei a gente era obrigado à ser feliz..."!!

sexta-feira, 15 de julho de 2011


Alecrim, alecrim dourado
que nasceu no campo sem ser semeado...

Ganhei ontem!!!! 

e foi o Meu Amor...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ela já se emocionou uma vez por causa de um conjunto de palavras juntas. Era um conjunto de palavras que dançavam e cantavam, com muita harmonia, e sintonia com o sentir dela. Ainda hoje lembra o transtorno que causou por ter se emocionado, por ter se deixado levar pelo rio de emoções, de ideias e de lembranças. Aprendeu que a queda do véu d'água que transborda das lágrimas é longo, e que afoga, não a ela, ao outro. A ela liberta. Quanto maior a queda das lágrimas em cachoeiras, mais corre o rio, e a energia de si é mais fluente. Então, hoje, ao se emocionar com um outro conjunto de palavras, reflete o passo que vai dar. Sente os olhos ficarem salpicados da cachoeira que corre dentro dela, sente o arco íris sorrir na íris, mas engole a admiração e os possíveis elogios. Sabe que elogio confunde. Porque as belezas das palavras confundem.

Li isso um dia, me emocionei :)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Mundial do Rock


Anos 60, loucura, paixão, drogas, sonhos, magia, psicodelia, artes, sonho de liberdade, repressão, teatro, ídolos aflorando por todos os segmentos da sociedade.Junte tudo isso em uma só voz, em uma só música, em uma só banda, e você certamente chegará ao The Doors. Esse post é especialmente dedicado à um rockeiro meu de coração: James Douglas Morrison, esse monstro do rock. Pra não dizer Deus. Mas que no fundo para mim é um Deus Grego do Rock ele é! rsrsrs E todos sabem o quanto desde pequena no início de aborrecência eu tenho curtido, acompanhado, estudado e viajado em tudo que diz respeito á esse vendaval da história do rock. Posso dizer que foi através das performances do Lizzard King que a sociedade pode desfrutar de músicas que perpassam por poesias desde Edgar Allan Poe ào tão falado, criticado e questionado filósofo alemão Friedrich Nieztsche. E Jim era assim, esse vendaval ardente de paixão pela vida e pela morte ao mesmo tempo. Nem Freud se atreveria à levar para análise uma pulsão de vida e pulsão de morte tão perfeita quanto essa...sim perfeita! Jim Morisson era a reencarnação de um Deus Dionisíaco. Ele certamente tentou trazer o xamanismo e o drama grego à música e levou aos palcos, ele tentou tirar as pessoas de suas complacências, imerso em êxtase e visão libertadora.

Nota.: O nome da banda vem da literatura inglesa, do genial poeta William Blake, da citação: "quando as portas da percepção forem abertas, o homem verá as coisas como elas realmente são: infinitas!”. Morrison descreveu sua missão em termos de tentar "Break On Through" para uma maior realidade: "Há coisas que são conhecidas, e há coisas que são desconhecidas, entre elas estão as portas". 
A Banda voltou a se reunir em torno de uns 4 anos atrás com a formação antiga contando com os teclados imortalizados de Ray Manzarek, as batidas excitantes e marcantes de John Densmore e as guitarras exóticas e harmônicas de Robby Krieger.

" We must try to find a new answer instead of a way..." - Jim.

Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... E aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você o que pensa disso?


Tem muito presente pra gente no mundo...se bem soubessemos utilizar o maior deles que é a natureza, seriamos bem melhores. Quero nesse espaço citar alguns dos muitos benefícios dessa plantinha, que não requer de tanto cuidado e que nos oferece tanta coisa boa...

O Alecrim, sob o domínio do Sol , é uma planta que ama o calor e a vida. Ele aquece e estimula o cérebro e o corpo, é ótimo como cardiotônico, estimulante, anti-reumático, resolve rapidamente dores de estômago e azias, restitui a energia dos cansados e estressados por muito esforço mental. Também é bom para tosses, bronquites e problemas respiratórios.

O Alecrim é um "costurador do Plexo solar". Ele restitui rapidamente a energia perdida, dá mais estrutura de trabalho aos que lidam muito com o mental racional, é uma das ervas que ajuda na depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais.

O campo de força de Luz azul violeta produzido pelo Alecrim confirma sua reputação dos tempos antigos como protetor psíquico e para ajuda no desenvolvimento da “Visão interior”.

Ajuda também muito as crianças com uma estrutura emocional passiva, as que não respondem de forma concreta às agressões da vida. Aumenta a capacidade de aprendizado. É a planta chave da falta de auto estima.

Onde encontrar e como plantar:

Ele floresce praticamente o ano todo, geralmente em encostas rochosas e ensolaradas ou ainda em solos seco e arenosos. Não necessita de cuidados especiais nos jardins.

Podem ser encontrados frescos ou desidratados. Os Alecrins frescos podemos encontrar em maços e vasinhos em mercados e supermercados. Escolher os ramos com as folhas mais viçosas e que não estejam manchadas nem murchas. E os Alecrins secos também em supermercados ou empórios.

Para quem tem interesse em plantar, eu tenho! Ela cresce bem em ambientes muito ensolarados, e o solo relativamente pobre em vez de prejudicá-la, deixa a planta mais densa e com perfume acentuado. Por isso, você pode plantar sua mudinha em vasinhos com 20 cm de diâmetro, usando terra comum de jardim. Para obter novas mudas, é só retirar um galho e plantar em solo úmido.

Quero muito alecrim no meu jardim :)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Paul & Linda MCcartney - Wings

Funny Little Frog

Coração não é tão simples quanto pensa...

Vamos ver se eu consigo manter esse blog, se meu interesse desperta, preciso "editar" mais minha pessoa. Às vezes sou muito dispersa...

Gostaria de iniciar este blog que faz referência também ao Alecrim Dourado, trazendo sensações descritas sob minhas palavras a partir da leitura desse livrinho, que possui pouquíssimas páginas mas um conteúdo enriquecido de amor em formas de poemas. Ele traz em condensadíssimos versos o amor nas suas mais diversas moradas, na família, na fé para quem tem e no enlace homem e mulher, algo de uma ordem mais carnal. Me indentifiquei bastante e gostaria de sugeri-lo, pois é leve, suave e para os que se interessam em temas ligados à humanidade logo se derreterão por Alecrim Dourado, que fala de dedicação para com os seres humanos. Doce, poético, amável.

Alecrim Dourado

Alecrim, alecrim dourado
que nasceu no campo
sem ser semeado

Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim

Alecrim, alecrim miúdo
que nasceu no campo
perfumando tudo
Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim

Alecrim, alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim