Já ouviu dizer: "tem gente que perde o amigo mas não perde a piada?"
Poisé, tem gente que perde a namorada, mas não perde a flertada...ou coisas piores.
Hoje assisti o Cilada.com. filme de 2011 que traz como personagens principais: Bruno Mazzeo e Fernanda Paes Leme. A princípio o que eu achei bacana e esperto no roteiro foram os nomes dos personagens serem os mesmos nomes dos atores, acredito que isso traga um ar de familiaridade, nos deixando mais próximos do filme, remete a algo como sendo de fato "a cara deles". O filme inicia com uma cena de traição do Bruno e aqui vai minha primeira crítica, o pior é que eu já esperava que o final fosse aquela cena melodramática de reconciliação, e foi! Mas no decorrer do filme, juro que algumas cenas e algumas falas me geraram reflexões e risadas bacanas. O filme foi meio que um dejavú de outras obras cinematográficas e músicas, tem uma parte do filme que retrata igualmente a música famosa da agenda telefônica do Gabriel O Pensador. E o que eu achei também ponto fraco do filme foi que o roteiro se prendeu ao fato de Bruno passar o filme inteiro tentando se vingar da namorada e limpar "seu filme" depois de um video postado no youtube por ela após ter sido traída, onde Bruno faz uma "rapidinha" digamos uma efêmera peformance na cama e a partir dai vira toda a trama do filme. Sabe aquela síndrome Sartre " O inferno são os outros"...não há nada errado comigo! Mas o filme traz muita, muita cena engraçada, principalmente com a participação do Sergio Loroza com o apelido de Marconha. Bom este personagem apesar das viagens proporcionadas pela erva, faz filmes caseiros e se diz cineasta. Uma cena que achei interessante é quando ele mostra um video produzido chamado Descontrução, remetendo a obra de Chico Buarque em Construção e ele faz uma analogia com Bruno dizendo que o trabalho dele será de fazer uma Reconstrução. E o filme segue nessa confusão do Bruno de tentar Reconstruir algo que nem ele sabe ao certo o que é, vezes sua performance sexual, vezes sua namorada, ou tudo ao mesmo tempo, como fez no inicio do filme com a traição. Outro ponto interessante do filme é que Fernanda esperava um dia ouvir de Bruno a simples frase que toda pessoa gosta de ouvir: EU TE AMO. Mas o narcisismo de Bruno, mas uma vez fala mais alto, ele não consegue dizer isto para a Fernanda. O que me fez pensar: poxa será que vou assistir o filme inteiro pra no final quando ele se der conta que a perdeu, enfim dizer: Eu te amo! E ela se debulhar em lágrimas emocionada com a declaração do "mocinho"? Enfim esse foi meu maior descontentamento. Mas como eu disse o filme traz cenas fofas, como a cena dentro da barraca no acampamento:
Se não fosse mais uma vez presente o alto teor de narcisismo do roteirista próprio Bruno Mazzeo onde no final da cena ele mata um mosquito com um tapa no rosto de sua namorada e aí anos depois é que em meio à essas lembranças ele percebe que ela realmente o amava, diante de tanto desmazelo do rapaz. Alias o Bruno, Mazzeo e o personagem, em vários momentos toma conta das cenas, outra cena que tinha tudo para ser fofa é quando à sós no cinema ela dá indiretas que entre ver filme de violência e sangue, preferia fazer sexo com ele, a cena é fofa, ele vira, se abraçam e vai tudo lindo quando focam as luzes no rosto do personagem do "herói da trama": Bruno. A vida de Bruno muda derepente e tudo tende a fracassar. As mulheres que aparecem depois, é engraçado mas percebi que todas tem um "quê" de vilãs para o "herói", mulher que tem mal hálito, uma com pênis e outra que é iletrada. Mas do jeito que ia o desmazelo do garoto, aposto que se nao fosse o mal hálito da personagem da Carol Castro ele não teria a dispensado também. A parte final do filme trouxe fotografias belíssiiiiimas, embora bem nova yorkinas, com aquelas festas no terraço do apartamento, ia tudo perfeito com a música do Lobão, se a mocinha não tivesse se debulhado em lagrimas com a declaração tardia do mocinho. Afinal não sou a favor da frase: Antes tarde do que nunca. Acredito que desistir não é sinônimo de perder, mas as vezes se ganha muito mais desistindo de algo do que perdendo outras coisas na tentativa de mantê-lo. Nem toda história para ter sido bonita precisa de um final feliz.
Segue a música do Lobão e clipe do filme:
Nenhum comentário:
Postar um comentário