Quero, minha risada mais gostosa,
E esse meu jeito de achar...
Que a vida pode ser maravilhosa.
E ir além.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Mulher, Mãe, Esposa, Médica e Pioneira nos cuidados com pacientes terminais. Revolucionou a maneira de se acompanhar e se fazer presente durante um processo de morrer. É autora de seis livros enriquecidos por sugestões e métodos criados por ela própria durante anos de trabalhos nessa área para que médicos, enfermeiros e familiares podessem dar uma melhor qualidade de morte para as pessoas que já contavam com pouco tempo de vida. Deu impulso para a criação de Asilos especificos para doentes e é autora do Modelo Kubler Ross, onde descreve cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Dedicou muito tempo de sua vida à viajar pelos hospitais do mundo afim de humanização do tratamento em casos terminais, dedicou-se também à instituitos que ligavam pessoas portadoras do virus HIV, onde pode também realizar vários trabalhos no sentido de sensibilização da equipe de cuidados. Foi ela que deu a possibilidade de uma forma de se despedir durante a passagem dos ultimos momentos de vida das pessoas. Mudou a percecpção sobre a morte, quebrou tabus fez o uso de técnicas para que o fim da vida seja mais ameno para os doentes, os médicos que os atendem e os familiares que os cercam.
Elisabeth Kubler Ross
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Dave Mathews Band - Say Goodbye
A qualidade do video não está das melhores, mas foi o unico video dessa música que encontrei com o solo de tambores e flaut completo. Sãoquase 5 minutos nesse solo que levam o publico ao delirio e que me dá muita vontade de dançar junto com a música. Que além do solo, da letra e melodia, tem uma voz muito sensual, essa é tão linda quanto Crash into me. Mas estes solos e essa flauta...
Say GoodBye
So here we are tonight
You and me together
The storm outside, the fire is bright
And in your eyes I see
What's on my mind
You've got me wild
Turned around inside
And then desire, see, is creeping
Up heavy inside here
And know you feel the same way
I do now
Now let's make this an evening
Lovers for a night, lovers for tonight
Stay here with me, love, tonight
Just for an evening
When we make
Our passion pictures
You and me twist up
Secret creatures
And we'll stay here
Tomorrow go back to being friends
Go back to being friends
But tonight let's be lovers,
We kiss and sweat
We'll turn this better thing
To the best
Of all we can offer, Just a rogue kiss
Tangled tongues and lips,
See me this way
I'm turning and turning for you
Girl just tonight
Float away here with me
An evening just wait and see
But tomorrow go back to your man
I'm back to my world
And we're back to being friends
Wait and see me,
Tonight let's do this thing
All we are is wasting hours until the sun comes up it's all ours
On our way here
Tomorrow go back to being friends
Go back to being friends
Tonight let's be lovers, say you will
And hear me call, soft-spoken whispering love
A thing or two I have to say here
Tonight let's go all the way then
Love I'll see you,
Just for this evening
Let's strip down, trip out at this
One evening starts with a kiss
Run away
And tomorrow
back to being friends
Lovers...love...lovers
Just for tonight, one night...love you
And tomorrow say goodbye
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Vamos Praticar!
O que faz o bem nunca vira clichê: Sou à favor da Gentileza!
Gentileza gera gentileza.
Movimentos milimetricamente estudados, cronometrados dentro da música, a agilidade dos seus quadris, com o equilibrio dos braços em harmonia com passos delicados das mãos, algo absurdamente definido e detalhado. E quantos giros...poses estratégicas na coreografia. Solos de debarkes e mil floreados em uma sicronicidade de tanta técnica, sensações e música.
Foto: Profª Juliana Jaraj
Site: www.trimurthi.com.br
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Educação
Já se disse acertadamente que educar não é encher uma vasilha vazia, mas acender uma luz. Em outras palavras, educar é ensinar a pensar, e não apenas ensinar a ter conhecimentos. Estes nascem do hábito de pensar com profundidade. Hoje em dia conhecemos muito mas pensamos pouco o que conhecemos. Aprender a pensar é decisivo para nos situar autonomamente no interior da sociedade do conhecimento e da informação. Caso contrário, seremos simples caudatários dela, condenados a repetir modelos e fórmulas que se superam rapidamente. Para pensar, de verdade, precisamos ser críticos, criativos e cuidantes.

Somos criativos quando vamos além das fórmulas convencionais e inventamos maneiras surpreendentes de expressar a nós mesmos e de pronunciar o mundo; quando estabelecemos conexões novas, introduzimos diferenças sutis, identificamos potencialidades da realidade e propomos inovações e alternativas consistentes. Ser criativo é dar asas à imaginação, a louca da casa, que sonha com coisas ainda não ensaiadas, mas sem esquecer a razão, que nos segura ao chão e nos garante o sentido das mediações.

Crenças - Ser senhor de si mesmo
Como pregar a liberdade do homem, se a minha está escravizada às crenças que me dominam? Como defender a libertação dos oprimidos na condição de oprimido pela própria convicção?
O impasse dos políticos e pensadores ocidentais reside nisso: eles não se fazem senhores das próprias idéias e pensamentos: escravizam-se, acabam se transformando em seus servidores.
Perdem, assim, a dimensão reflexiva, a única capaz de transcender o próprio pensamento, a única capaz de se pensar pensando e surpreender as próprias servidões.
Mas o que é ser senhor das próprias idéias? Parece-me que consiste na capacidade de considerar tudo que se pensa, e todos os nossos juízos de valor (julgamentos), dentro de uma ótica relativa, dentro de uma forma de pensar que é própria, inelutavelmente peculiar a cada pessoa em particular.
Assim, em vez de se impor aos demais, a nossa forma de pensar, de ver e sentir o mundo deve ser oferecida à reflexão alheia, não como absoluta ou a única correta, e sim como contribuição para a interpretação do real.
Ser senhor das próprias idéias, pensamentos e convicções é aceitar a dimensão poli-ótica no lugar da dimensão mono-ótica, a que explica o mundo através de uma só visão, negando as demais.
Ora, a realidade é múltipla, complexa, plural, sempre maior do que a nossa capacidade de compreendê-la.
Ser senhor do próprio pensamento é ser capaz de vincular as convicções, não apenas a idéias puras, mas ao ser real de cada pessoa.
De ajustar o que se pensa ao que se é, em vez do tão freqüente e doentio processo de procurar ser apenas aquilo que pensa, aquilo que considera o certo, aquilo que os outros e não a própria pessoa, disseram ser o caminho.
E não é. Há um caminho para cada um.
E não é. Há um caminho para cada um.
Autor: Artur da Távola
sábado, 3 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
A minha menina
Ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer pra todo mundo
Como gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
Minha menina
Minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer pra todo mundo
Como gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
Minha menina
Minha menina
domingo, 28 de outubro de 2012

“Um dia, veio à corte do Príncipe de Birkasha, uma dançarina e seus músicos. … e ela foi aceita na corte… ela dançou a música da flauta, da cítara e do alaúde. Ela dançou a dança das chamas e do fogo, a dança das espadas e das lanças; e ela dançou a dança das flores ao vento.
Ao terminar, virou-se para o príncipe e fez uma reverência. Ele então, pediu-lhe que viesse mais perto e perguntou-lhe: ‘Linda mulher, filha da graça e do encantamento, de onde vem tua arte e como é que comandas todos os elementos em seus ritmos e versos?
A dançarina aproximou-se, e curvando-se diante do príncipe disse: Majestade, respostas eu não tenho às vossas perguntas. Somente isso eu sei: a alma do filósofo vive em sua cabeça, a alma do poeta vive em seu coração, a alma do cantor vive em sua garganta, mas a alma da dançarina habita em todo o seu corpo.”
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração
Acordará!...
Quando estiver com tudo
Lã, cetim, veludo
Espada e escudo
Sua consciência
Adormecerá!...
E acordará no mesmo lugar
Do ar até o arterial
No mesmo lar
No mesmo quintal
Da alma ao corpo material...
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando não se têm mais nada
Não se perde nada
Escudo ou espada
Pode ser o que se for
Livre do temor...
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Quando se acabou com tudo
Espada e escudo
Forma e conteúdo
Já então agora dá
Para dar amor...
Amor dará e receberá
Do ar, pulmão
Da lágrima, sal
Amor dará e receberá
Da luz, visão
Do tempo espiral...
Amor dará e receberá
Do braço, mão
Da boca, vogal
Amor dará e receberá
Da morte
O seu dia natal...
Adeus Dor...
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Felicidade e Alegria
Quando eu era criança ou adolescente, pensava que a felicidade só chegaria
quando eu fosse adulto, ou seja, autônomo, respeitado e reconhecido pelos outros
como dono exclusivo do meu nariz. Contrariando essa minha previsão, alguns
adultos me diziam que eu precisava aproveitar bastante minha infância ou
adolescência para ser feliz, pois, uma vez chegado à idade adulta, eu
constataria que a vida era feita de obrigações, renúncias, decepções e duro
labor. Por sorte:
1) meus pais nunca disseram nada disso; eles deixaram a
tarefa de articular essas inanidades a amigos, parentes ou pedagogos
desavisados;
2) graças a esse silêncio dos meus pais, pude decretar o seguinte:
os adultos que afirmavam que a infância era o único tempo feliz da vida deviam
ser, fundamentalmente, hipócritas;
3) com isso, evitei uma depressão profunda
pois, uma vez que a infância e a adolescência, que eu estava vivendo, não eram
paraíso algum (nunca são), qual esperança me sobraria se eu acreditasse que a
vida adulta seria fundamentalmente uma decepção? Cheguei à conclusão de que,
ao longo da vida, nossa ideia da felicidade muda:
1) quando a gente é criança ou
adolescente, a felicidade é algo que será possível no futuro, na idade adulta;
2) quando a gente é adulto, a felicidade é algo que já se foi: a lembrança
idealizada (e falsa) da infância e da adolescência como épocas felizes.
Em suma, a felicidade é uma quimera que seria sempre própria de uma outra época da vida -que ainda não chegou ou que já passou.No filme de Arnaldo Jabor, "A Suprema Felicidade", que está em cartaz atualmente, o avô (extraordinário Marco Nanini) confia ao neto que a felicidade não existe e acrescenta que, na vida, é possível, no máximo, ser alegre.Claro, concordo com o avô do filme. E há mais: para aproveitar a vida, o que importa é a alegria, muito mais do que a felicidade. Então, o que é a alegria?
Ser alegre não significa necessariamente ser brincalhão. Nada contra ter a piada pronta, mas a alegria é muito mais do que isso: ser alegre é gostar de viver mesmo quando as coisas não dão certo ou quando a vida nos castiga. É possível, aliás, ser alegre até na tristeza ou no luto, da mesma forma que, uma vez que somos obrigados a sentar à mesa diante de pratos que não são nossos preferidos ou dos quais não gostamos, é melhor saboreá-los do que tragá-los com pressa e sem mastigar. Melhor, digo, porque a riqueza da experiência compensa seu caráter eventualmente penoso.
Essa alegria, de longe preferível à felicidade, é reconhecível sobretudo no exercício da memória, quando olhamos para trás e narramos nossa vida para quem quiser ouvir ou para nós mesmos. Alguém perguntará: é reconhecível como? Pois é, para quem consegue ser alegre, a lembrança do passado sempre tem um encanto que justifica a vida. Tento explicar melhor.
Para que nossa vida se justifique, não é preciso narrar o passado de forma que ele dê sentido à existência. Não é preciso que cada evento da vida prepare o seguinte. Tampouco é preciso que o desfecho final seja sublime (descobri a penicilina, solucionei o problema do Oriente Médio, mereci o Paraíso).Para justificar a vida, bastam as experiências (agradáveis ou não) que a vida nos proporciona, à condição que a gente se autorize a vivê-las plenamente. Ora, nossa alegria encanta o mundo, justamente, porque ela enxerga e nos permite sentir o que há de extraordinário na vida de cada dia, como ela é. É óbvio que não consegui explicar o que são a alegria e o encanto da vida. Talvez eles possam apenas ser mostrados: procure-os em "Amarcord" (1973), de Federico Fellini, em "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" (2003), de Tim Burton ou no filme de Jabor. "A Suprema Felicidade" me comoveu por isto, por ter a sabedoria terna de quem vive com alegria e, portanto, no encantamento.
Segundo Max Weber (1864-1920), a racionalidade do mundo industrial teria acabado com o encanto do mundo. Ultimamente, bruxos, vampiros, lobisomens, deuses e espíritos andam por aí (e pelas telas de cinema); aparentemente, eles nos ajudam a reencantar o mundo. Ótimo, mas, para reencantar o mundo, não precisamos de intervenções sobrenaturais. Para reencantar o mundo, é suficiente descobrir que o verdadeiro encanto da vida é a vida mesmo.
Em suma, a felicidade é uma quimera que seria sempre própria de uma outra época da vida -que ainda não chegou ou que já passou.No filme de Arnaldo Jabor, "A Suprema Felicidade", que está em cartaz atualmente, o avô (extraordinário Marco Nanini) confia ao neto que a felicidade não existe e acrescenta que, na vida, é possível, no máximo, ser alegre.Claro, concordo com o avô do filme. E há mais: para aproveitar a vida, o que importa é a alegria, muito mais do que a felicidade. Então, o que é a alegria?
Ser alegre não significa necessariamente ser brincalhão. Nada contra ter a piada pronta, mas a alegria é muito mais do que isso: ser alegre é gostar de viver mesmo quando as coisas não dão certo ou quando a vida nos castiga. É possível, aliás, ser alegre até na tristeza ou no luto, da mesma forma que, uma vez que somos obrigados a sentar à mesa diante de pratos que não são nossos preferidos ou dos quais não gostamos, é melhor saboreá-los do que tragá-los com pressa e sem mastigar. Melhor, digo, porque a riqueza da experiência compensa seu caráter eventualmente penoso.
Essa alegria, de longe preferível à felicidade, é reconhecível sobretudo no exercício da memória, quando olhamos para trás e narramos nossa vida para quem quiser ouvir ou para nós mesmos. Alguém perguntará: é reconhecível como? Pois é, para quem consegue ser alegre, a lembrança do passado sempre tem um encanto que justifica a vida. Tento explicar melhor.
Para que nossa vida se justifique, não é preciso narrar o passado de forma que ele dê sentido à existência. Não é preciso que cada evento da vida prepare o seguinte. Tampouco é preciso que o desfecho final seja sublime (descobri a penicilina, solucionei o problema do Oriente Médio, mereci o Paraíso).Para justificar a vida, bastam as experiências (agradáveis ou não) que a vida nos proporciona, à condição que a gente se autorize a vivê-las plenamente. Ora, nossa alegria encanta o mundo, justamente, porque ela enxerga e nos permite sentir o que há de extraordinário na vida de cada dia, como ela é. É óbvio que não consegui explicar o que são a alegria e o encanto da vida. Talvez eles possam apenas ser mostrados: procure-os em "Amarcord" (1973), de Federico Fellini, em "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" (2003), de Tim Burton ou no filme de Jabor. "A Suprema Felicidade" me comoveu por isto, por ter a sabedoria terna de quem vive com alegria e, portanto, no encantamento.
Segundo Max Weber (1864-1920), a racionalidade do mundo industrial teria acabado com o encanto do mundo. Ultimamente, bruxos, vampiros, lobisomens, deuses e espíritos andam por aí (e pelas telas de cinema); aparentemente, eles nos ajudam a reencantar o mundo. Ótimo, mas, para reencantar o mundo, não precisamos de intervenções sobrenaturais. Para reencantar o mundo, é suficiente descobrir que o verdadeiro encanto da vida é a vida mesmo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Solitude - Billie Holiday
Música triste me deixa feliz. Uma música que fala de solidão por Billie Holiday é como acordar com um prato de ovos fritos e orégano esperando por você, é como assistir ao chaves numa tarde à toa, é comer açaí e mostrar a língua roxa, coisas simples...assim...cheias de sentido, pra mim :)
Solitude: estar só, por opção. Um estado de privação, não associado à sofrimento.
(...) Eu estava apavorado até a alma. Eu vi as nuas simplicidades da complicada civilização na qual vivia. A vida era uma questão de abrigo e comida. Para conseguir abrigo e comida os homens vendem coisas. O comerciante vende seus sapatos, o político vende seu humanismo e o representante do povo, com exceções, é claro, vende sua credibilidade; enquanto quase todos vendem sua honra. As mulheres também, nas ruas ou na sagrada relação do casamento, estão prontas a vender seus corpos. Todas as coisas são mercadorias, todas as pessoas compradas e vendidas. A primeira coisa que o trabalhador tinha para vender era a força física. A honra do operariado não tinha preço no mercado. O operariado tinha músculos e somente músculos para vender.
Mas havia uma diferença, uma diferença vital. Sapatos, credibilidade e honra têm maneiras de renovar a si mesmos. Eram estoques imperecíveis. Os músculos, de outra parte, não se renovavam. Quando um comerciante vende seus sapatos, continuamente repõe o estoque. Mas não há como repor o estoque de energia do trabalhador. Quanto mais ele vende sua força, menos sobra para ele. A força física é sua única mercadoria, e a cada dia seu estoque diminui. No fim, se não morrer antes, ele vendeu tudo e fechou as portas. Está arruinado fisicamente e nada lhe restou senão descer aos porões da sociedade e morrer miseravelmente.
Eu aprendi, além disso, que o cérebro era da mesma forma uma mercadoria. Ele também era diferente dos músculos. Um vendedor do cérebro está apenas no começo quando tem cinqüenta ou sessenta anos e seus produtos estão atingindo preços mais altos do que nunca. Mas um operário está esgotado e alquebrado com quarenta e cinco ou cinqüenta anos. Eu tinha estado nos porões da sociedade e não gostava do lugar como morada. Os canos e bueiros eram insanos, e o ar ruim para respirar. Se eu não podia morar no andar de luxo da sociedade, podia pelo menos, tentar o sótão. Ele existia, a dieta lá era escassa, mas o ar pelo menos era puro. Assim, resolvi não vender mais meus músculos e me tomar um vendedor de cérebro.
Começou então uma frenética perseguição ao conhecimento. Voltei para a Califórnia e mergulhei nos livros. Enquanto me preparava para ser um mercador da inteligência, era inevitável que deveria me aprofundar em Sociologia. Lá, eu descobri, num certo tipo de livros, formulados cientificamente, os conceitos sociológicos simples que eu tinha tentado descobrir por mim mesmo.
Outras grandes mentes, antes que eu tivesse nascido, tinham elaborado tudo que eu havia pensado e muitas coisas mais. Eu descobri que era um socialista.
Os socialistas eram revolucionários, porque lutavam para derrubar a sociedade do presente e tirar dela o material para construir a sociedade do futuro. Eu, também, era um socialista e revolucionário. Liguei-me a grupos de trabalhadores e intelectuais revolucionários, e pela primeira vez entrei na vida intelectual. Aí descobri mentes aguçadas e cabeças brilhantes. Por aqui encontrei cérebros fortes e atentos, além de trabalhadores calejados; pregadores de mente muito aberta em seu Cristianismo para pertencer a qualquer congregação de adoradores do dinheiro; professores torturados na roda da subserviência universitária à classe dominante e dispensados porque eram ágeis com o conhecimento que se esforçavam por aplicar às questões maiores da Humanidade.
Aqui descobri, também, uma fé calorosa no ser humano, um idealismo apaixonante, a suavidade do despojamento, renúncia e martírio - todas as esplêndidas e comoventes qualidades do espírito. Aqui a vida era honesta, nobre e intensa. Aqui a vida se reabilitava, tomava-se maravilhosa: e eu estava alegre por estar vivo. Eu mantinha contato com grandes almas que colocavam o corpo e o espírito acima de dólares e centavos, e para quem o gemido fraco de famintas crianças das favelas vale mais do que toda a pompa e circunstância da expansão do comércio e do império mundial. Tudo à minha volta era nobreza de propósitos e heroismo de esforço e meus dias e noites eram de sol e estrelas brilhantes, tudo calor e frescor, como o Santo Gral, o próprio Gral de Cristo, o ser humano quente, conformado e maltratado, mas pronto para ser resgatado e salvo no final, sempre ardente e resplandecente, diante dos meus olhos.
E eu, pobre tolo eu, julgava ser aquilo apenas uma amostra das delícias de viver que eu deveria descobrir acima de mim na sociedade.Tinha perdido muitas ilusões desde os dias em que lera os romances da Biblioteca Seaside no rancho da Califórnia. E estava destinado a perder muitas das ilusões que ainda retinha.
Como mercador da inteligência, fui um sucesso. A sociedade abriu seus portais para mim. Entrei direto no andar de luxo e meu desencantamento foi rápido. Sentei para jantar com os senhores da sociedade; e com as esposas e mulheres dos donos da sociedade. As mulheres se vestiam muito bem, admito; mas para minha ingênua surpresa percebi que elas eram feitas do mesmo barro que todas as outras mulheres que eu tinha conhecido lá embaixo nos porões. A senhora do coronel e Judy O'Grady eram irmãs debaixo de suas peles e vestidos.
Não foi isto, porém, tanto quanto seu materialismo, o que mais me chocou. É verdade, estas mulheres lindas , ricamente vestidas, tagarelavam sobre singelos ideais e pequenos moralismos; mas, ao contrário de sua conversa mole, a chave dominante da vida que levavam era materialista. E como elas eram egoístas sentimentalmente. Contribuíam em todas as formas de pequenas caridades e se informavam sobre a realidade, enquanto todo o tempo os alimentos que comiam e as belas roupas que vestiam eram comprados com os lucros manchados pelo sangue do trabalho infantil, do trabalho exaustivo e mesmo da prostituição. Quando mencionei tais fatos, esperando em minha inocência que aquelas irmãs de Judy O'Grady arrancassem fora de uma vez suas sedas e jóias tingidas de sangue, elas ficaram furiosas e excitadas, e leram para mim pregações sobre o desperdício, a bebida e a depravação inata que causavam toda a miséria nos porões da sociedade. Quando falei que não podia perceber bem como era a falta de economia, a intemperança e a depravação de crianças quase famintas de seis anos que as fazia trabalhar doze horas por noite numa fiação de algodão sulista, aquelas irmãs de Judy O'Grady atacaram minha vida pessoal e me chamaram de "agitador" - embora isto, na verdade, reforçasse meus argumentos.
Não me dei melhor com os senhores da sociedade. Esperava encontrar homens honestos, nobres e vivos cujos ideais fossem honestos, nobres e vivos. Andei com homens que estavam nos lugares mais altos - os pregadores, os políticos, os homens de negócios, professores e editores. Comi carne com eles, tomei vinho com eles, andei de automóvel com eles e estudei com eles. É verdade, encontrei muitos que eram honestos e nobres; mas, com raras exceções, não estavam vivos. Realmente acredito que poderia contar as exceções com os dedos das minhas mãos.
Quando eles não estavam mortos pela podridão moral, atolados na vida suja, eram apenas a morte insepulta - como múmias bem preservadas, mas não vivas. Neste sentido, poderia especialmente citar professores que conheci, homens que vivem de acordo com o decadente ideal universitário, "a perseguição sem paixão da inteligência sem paixão".
Conheci homens que invocavam o nome do Príncipe da paz em seus discursos contra a guerra e que botaram nas mãos dos Pinkertons rifles que abateram grevistas em suas próprias fábricas. Encontrei homens incoerentes indignados com a brutalidade de lutas de boxe e pugilismo, e que, ao mesmo tempo, participavam da adulteração de alimentos que a cada ano mata mais bebês do que qualquer Herodes de mãos rubras jamais havia matado. Em hotéis, clubes, casas e vagões de luxo, em cadeiras de navios a vapor conversei com capitães de indústria e me espantou como eles eram pouco viajados nos domínios do intelecto. Por outro lado, descobri que sua inteligência para negócios era excepcionalmente desenvolvida. Descobri também que sua moralidade, quando há negócios envolvidos, nada vale.
O delicado, destacado e aristocrático cavalheiro era um testa-de-ferro de corporações que secretamente roubavam viúvas e órgãos. Este cavalheiro, que colecionava edições de luxo e era patrocinador especial da literatura, pagou chantagem a um chefão político de queixo duro e sobrancelhas escuras da máquina municipal. Este editor, que publicou propaganda de medicamentos licenciados e não ousou divulgar a verdade em seu jornal sobre os mesmos medicamentos, com medo de perder o anunciante, me chamou de canalha demagogo porque lhe disse que sua economia política era antiquada e sua biologia, contemporânea de Plínio. Este senador foi a ferramenta e o escravo, o pequeno fantoche de uma máquina indecente e ignorante de algum chefão político; assim eram o governador e seu juiz no Tribunal de Justiça; e todos os três tinham passes para viajar de graça na estrada de ferro. Este homem, falando seriamente sobre as belezas do idealismo e a bondade de Deus, tinha recém-traído seus colegas numa questão de negócios. Este homem, pilar da igreja e grande contribuinte de missões no exterior, obrigava as garotas de suas lojas a trabalhar dez horas por dia por um salário de fome e portanto encorajava diretamente a prostituição. Este homem, que dá dinheiro à universidade, comete perjúrio em tribunais por causas de dólares e centavos. E o grande magnata da estrada de ferro quebrou sua palavra de cavalheiro e cristão quando admitiu abatimentos secretos para um dos dois capitães de indústria empenhados numa luta de morte. Era o mesmo em todo lugar, crime e traição, traição e crime - homens que estavam vivos não eram honestos nem nobres; homens que eram honestos e nobres não estavam vivos. Então havia uma grande massa sem esperanças, nem nobre nem viva, mas simplesmente honesta. Ela não podia errar positiva ou deliberadamente; mas errava de maneira passiva e ignorante ao concordar com a imoralidade generalizada e os lucros que ela produz. Se fosse nobre e viva, não seria ignorante, e se teria recusado a dividir os lucros do crime e da traição.
Percebi que não gostava de viver no andar de luxo da sociedade. Intelectualmente era aborrecido. Moralmente e espiritualmente, eu estava doente. Eu lembrava meus intelectuais e idealistas, meus pregadores sem hábito, professores desempregados e trabalhadores honestos com consciência de classe. Lembrava meus dias e noites de sol e estrelas brilhando, quando a vida era uma maravilha doce e selvagem, um paraíso espiritual de aventuras não egoístas e um romance ético. E diante de mim, sempre resplandecente e excitante, eu vislumbrava o Sagrado.
Então, voltei à classe operária, na qual havia nascido e à qual pertencia. Não me preocupava mais em subir. O imponente edifício da sociedade não guarda delícias para mim acima da minha cabeça. São os alicerces do edifício que me interessam. Lá, eu estou contente de trabalhar, de ferramenta na mão, ombro a ombro com intelectuais, idealistas e operários com consciência de classe, reunindo uma força sólida agora para mais uma vez pôr o edifício inteiro a balançar. Algum dia, quando tivemos poucas mãos e alavancas a mais para trabalhar, vamos derrubá-Io, com toda sua vida em putrefação e sua morte insepulta, seu egoísmo monstruoso e seu materialismo estúpido. Então vamos limpar os porões e construir uma nova moradia para a espécie humana, onde não haverá andar de luxo, na qual todos os quartos serão claros e arejados, e onde o ar para respirar será limpo, nobre e vivo.
Esta é a minha perspectiva. Vejo à frente um tempo em que o homem deverá progredir em direção a alguma coisa mais valiosa e mais elevada que seu estômago, quando haverá maiores estímulos para levar os homens à ação que o incentivo de hoje, que é o incentivo do estômago. Conservo minha crença na nobreza e excelência da Humanidade. Acredito que a doçura e o despojamento espiritual vão superar a gula grosseira dos dias de hoje. E, no fim de tudo, minha fé está na classe trabalhadora. Como disse um francês: "A escada do tempo está sempre ecoando com um tamanco subindo e uma bota polida descendo".
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Aretha Franklin - Respect
Baby, I got
What you need
Do you know I got it?
All I'm askin'
Is for a little respect when you come home (just a little bit)
Hey baby (just a little bit) when you get home
(just a little bit) mister (just a little bit)
I ain't gonna do you wrong while you're gone
Ain't gonna do you wrong 'cause I don't wanna
All I'm askin'
Is for a little respect when you come home (just a little bit)
Baby (just a little bit) when you get home (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
I'm about to give you all of my money
And all I'm askin' in return, honey
Is to give me my propers
When you get home (just a, just a, just a, just a)
Yeah baby (just a, just a, just a, just a)
When you get homE (just a little bit)
Yeah (just a little bit)
Ooo, your kisses
Sweeter than honey
And guess what?
So is my money
All I want you to do for me
Is give it to me when you get home
Yeah baby
Whip it to me (respect, just a littlebit)
When you get home, now (just a little bit)
R-E-S-P-E-C-T
Find out what it means to me
R-E-S-P-E-C-T
Take care, TCB
Oh (sock it to me, sock it to me,
sock it to me, sock it to me)
A little respect (sock it to me, sock it to me,
sock it to me, sock it to me)
Whoa, babe (just a little bit)
A little respect (just a little bit)
I get tired (just a little bit)
Keep on tryin' (just a little bit)
You're runnin' out of fools' (just a little bit)
And I ain't lyin' (just a little bit)
(re, re, re, re) 'spect
When you come home
Or you might walk in (respect, just a little bit)
And find out I'm gone (just a little bit)
I got to have (just a little bit)
A little respect (just a little bit)
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
E a obra prima...
A Monaliza do Geraldo:
Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça cresça e desapareça
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé não tem cabeça
Não dá pé não é direito
Não foi nada eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de 7 cabeças
Bicho de 7 cabeças
Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça
Bicho de sete cabeças, bicho de sete cabeças
Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça cresça e desapareça
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé não tem cabeça
Não dá pé não é direito
Não foi nada eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de 7 cabeças
Bicho de 7 cabeças
Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça
Bicho de sete cabeças, bicho de sete cabeças
Entre as estrelas do meu drama
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão
Na realidade onde está você
Em que cidade você mora
Em que paisagem em que país
Me diz em que lugar, cadê você
Você se lembra
Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história
A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão
Você se lembra...
Você já foi meu anjo azul
Chegamos num final feliz
Na tela prateada da ilusão
Na realidade onde está você
Em que cidade você mora
Em que paisagem em que país
Me diz em que lugar, cadê você
Você se lembra
Torrentes de paixão
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casablanca
E se perder no labirinto
De outra história
A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por você
Até os sete mares do sertão
Você se lembra...
Veja Margarida,
2ª Parte:
Veja você,
Arco-iris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Com essa gosto de sabão na boca
arco-íris já mudou de cor
uma rosa nunca mais desabrochou
não quero ver você
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim... ou é o fim...
1ª Parte:
Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gosta de mim
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim
Essas feridas da vida. Margarida
E Essas feridas da vida? amarga vida...
É pra você gostar de mim
Geraldo é música, teatro, arte e muita vida!!
Veja você,
Arco-iris já mudou de cor
Uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Com essa gosto de sabão na boca
arco-íris já mudou de cor
uma rosa nunca mais desabrochou
não quero ver você
Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
Eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim... ou é o fim...
1ª Parte:
Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gosta de mim
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar de mim
Essas feridas da vida. Margarida
E Essas feridas da vida? amarga vida...
É pra você gostar de mim
Geraldo é música, teatro, arte e muita vida!!
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Quintaneando
Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e ... os amigos, que são os nossos chatos prediletos.
No Surprises
A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal
You look so tired and unhappy
Bring down the government
They don't, they don't speak for us
I'll take a quiet life
A handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent silence
This is my final fit, my final bellyache with
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises please
Such a pretty house and such a pretty garden
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises please (let me out of here)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Valsinha
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu, e o dia amanheceu em paz
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Por uma infância mais feliz?
O Poder da Publicidade em interferir nas nossas escolhas, hábitos e no ciclo natural de nossas vidas. Este seria o título mais adequado, para esta propaganda de belíssima produção feita para uma rede de farmácias. É por se tratar de uma rede de farmácias que talvez deram o título final do vídeo de "Por uma infância mais feliz"? Na farmácia onde você encontra a cura de quase tudo, estão virando verdadeiros shoppings e a ciência não pára de produzir e adiar o inevitável e o que nós temos de mais humano. São remédios anti-envelhicemento, anti-idade, anti-rugas...Eu me pergunto: Até onde a indústria farmacêutica irá chegar? Até quando iremos deixar interferirem no curso normal de nossas vidas? Medo é o que me vem no silêncio que ante vem à reflexão. A morte dói, a separação dói, a perda dói, mas todos temos direito a saber a verdade. E as crianças também! Pois quantos peixes você irá substituir após o segundo e o terceiro morrer, dando graças a deus por ela não ter percebido a nadadeira ou o tamanho diferente? Quantas perdas serão adiadas? Até que um dia a criança descubra que na verdade seus pais a pouparam do sofrimento? E ela, os terá para sempre? Ou a fada mágica virá sustituí-los enquanto ela dorme? Fantasias são benéficas e fazem parte do universo infantil de todos nós, mas como tudo na vida, tem limites. Nós crescemos numa cultura que negamos a verdade, cada vez se apefeicoam photshops, criam-se programas de realidades invertidas, maquiagens, cremes e pílulas poderosas, as pessoas preferem, ser felizes no facebook do que na realidade, é mais fácil um prozac que um mês de terapia, é mais fácil dormir que confrontar a dor. E não culpo os pais, todos podemos ser usados por várias formas de poder, muitos ocultos, discretos, não percebemos sua malícia, somos influenciáveis, porém: se permitirmos! E nós não somos só coitadinhos nessa história, porque somos nós que também produzimos isto. Causamos mal a nós mesmos. Produtores de uma sociedade que nega, mascara e esconde. Onde as vezes a força da publicidade, nos cega, perdemos nosso senso crítico com as possibilidades que nos são dadas, hoje a religião e os dogmas são outros. Não queria pra meu sobrinho, meu enteado, um futuro filho, filha, uma vida artificial, uma vida onde não se sofra, brinquedos são substituiveis, assim como as suas peças, suas roupas, alimentos, bichinhos? mas pessoas não. E é através da infancia que podiamos começar a construir um mundo mais consciente, do que este superficial, fantástico. Lembro com penar, dos meus periquitos que morreram, dos outros coelhos que perdi, dos cachorrinhos que partiram, dos hamsters que desapareceram, doeu, sofri, chorei, me culpei, mas depois entendi, é normal, um dia eles irão de uma forma ou outra. E que bom que não fui enganada, não passei a amar outro que não era o mesmo. Amei aquele até o dia em que o tive, depois passei a sentir saudade. Aprendi a sentir saudade. O que devemos é aprender a cuidar, mais, sentir mais, valorizar mais, aprender mais e cientes de que somos humanos e seres humanos falham, assim como Lilinho.
:)
Modern Love
Modern love - walks beside me
Modern love - walks on by
Modern love - gets me to the church on time
Church on time - terrifies me
Church on time - makes me party
Church on time - puts my trust in god and man
God and man - no confessions
God and man - no religion
God and man - don't believe in modern love
Modern love - walks on by
Modern love - gets me to the church on time
Church on time - terrifies me
Church on time - makes me party
Church on time - puts my trust in god and man
God and man - no confessions
God and man - no religion
God and man - don't believe in modern love
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
It ain't me babe
Go 'way from my window,
Leave at your own chosen speed.
I'm not the one you want, babe,
I'm not the one you need.
You say you're lookin' for someone
Never weak but always strong,
To protect you an' defend you
Whether you are right or wrong,
Someone to open each and every door,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Go lightly from the ledge, babe,
Go lightly from the ground.
I'm not the one you want, babe,
I will only let you down.
You say you're lookin' for someone
Who will promise never to part,
Someone to close his eyes for you,
Someone to close his heart,
Someone who will die for you an' more,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Go melt back into the night, babe,
Everything inside is made of stone.
There's nothing in here moving
An' anyway I'm not alone.
You say you're looking for someone
Who'll pick you up every time you fall,
To gather flowers constantly
An' to come every time you call,
A lover for your life an' nothing more,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Leave at your own chosen speed.
I'm not the one you want, babe,
I'm not the one you need.
You say you're lookin' for someone
Never weak but always strong,
To protect you an' defend you
Whether you are right or wrong,
Someone to open each and every door,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Go lightly from the ledge, babe,
Go lightly from the ground.
I'm not the one you want, babe,
I will only let you down.
You say you're lookin' for someone
Who will promise never to part,
Someone to close his eyes for you,
Someone to close his heart,
Someone who will die for you an' more,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
Go melt back into the night, babe,
Everything inside is made of stone.
There's nothing in here moving
An' anyway I'm not alone.
You say you're looking for someone
Who'll pick you up every time you fall,
To gather flowers constantly
An' to come every time you call,
A lover for your life an' nothing more,
But it ain't me, babe,
No, no, no, it ain't me, babe,
It ain't me you're lookin' for, babe.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Juntos há algum tempo, após uma festa, uma noite juntos, no café da manhã segue o diálogo:
Will:
- Eu podia dizer isso depois, mas eu realmente gosto de você.
- Quero ser bem claro, para que não haja nenhum desentendido depois.
- Quero dizer que...
- Tudo o que posso lhe oferecer é isto o que temos agora, nada mais, somente isso...até terminar.
- O que quero dizer é que nós não temos futuro.
Charlotte:
- Eu sei.
- Eu estou doente.
Will:
- Como assim?
Charlotte:
- É meu coração
- Ninguém pensava que eu fosse durar tanto
- Eu também podia lhe dizer depois, mas eu também realmente estou gostando de você.
- E eu também quero ser bem clara desde o começo para que não haja nenhum problema depois...
O que os olhos não vêem o coração não sente
Havia uma vez um rei
num reino muito distante,
que vivia em seu palácio
com toda a corte reinante.
Reinar pra ele era fácil,
ele gostava bastante.
Mas um dia, coisa estranha!
Como foi que aconteceu?
Com tristeza do seu povo
nosso rei adoeceu.
De uma doença esquisita,
toda gente, muito aflita,
de repente percebeu...
Pessoas grandes e fortes
o rei enxergava bem.
Mas se fossem pequeninas,
e se falassem baixinho,
o rei não via ninguém.
Por isso, seus funcionários
tinham de ser escolhidos
entre os grandes e falantes,
sempre muito bem nutridos.
Que tivessem muita força,
e que fossem bem nascidos.
E assim, quem fosse pequeno,
da voz fraca, mal vestido,
não conseguia ser visto.
E nunca, nunca era ouvido.
O rei não fazia nada
contra tal situação;
pois nem mesmo acreditava
nessa modificação.
E se não via os pequenos
e sua voz não escutava,
por mais que eles reclamassem
o rei nem mesmo notava.
E o pior é que a doença
num instante se espalhou.
Quem vivia junto ao rei
logo a doença pegou.
E os ministros e os soldados,
funcionários e agregados,
toda essa gente cegou.
De uma cegueira terrível,
que até parecia incrível
de um vivente acreditar,
que os mesmos olhos que viam
pessoas grandes e fortes,
as pessoas pequeninas
não podiam enxergar.
E se, no meio do povo,
nascia algum grandalhão,
era logo convidado
para ser o assistente
de algum grande figurão.
Ou senão, pra ter patente
de tenente ou capitão.
E logo que ele chegava,
no palácio se instalava;
e a doença, bem depressa,
no tal grandalhão pegava.
Todas aquelas pessoas,
com quem ele convivia,
que ele tão bem enxergava,
cuja voz tão bem ouvia,
como num encantamento,
ele agora não tomava
o menor conhecimento...
Seria até engraçado
se não fosse muito triste;
como tanta coisa estranha
que por esse mundo existe.
E o povo foi desprezado,
pouco a pouco, lentamente.
Enquanto que próprio rei
vivia muito contente;
pois o que os olhos não vêem,
nosso coração não sente.
E o povo foi percebendo
que estava sendo esquecido;
que trabalhava bastante,
mas que nunca era atendido;
que por mais que se esforçasse
não era reconhecido.
Cada pessoa do povo
foi chegando á convicção,
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!
Eles então se juntaram,
Discutiram, pelejaram,
E chegaram à conclusão
Que, se a voz de um era fraca,
Juntando as vozes de todos
Mais parecia um trovão.
E se todos, tão pequenos,
Fizessem pernas de pau,
Então ficariam grandes,
E no palácio real
Seriam logo avistados,
Ouviriam os seus brados,
Seria como um sinal.
E todos juntos, unidos,
fazendo muito alarido
seguiram pra capital.
Agora, todos bem altos
nas suas pernas de pau.
Enquanto isso, nosso rei
continuava contente.
Pois o que os olhos não vêem
nosso coração não sente...
Mas de repente, que coisa!
Que ruído tão possante!
Uma voz tão alta assim
só pode ser um gigante!
- Vamos olhar na muralha.
- Ai, São Sinfrônio, me valha
neste momento terrível!
Que coisa tão grande é esta
que parece uma floresta?
Mas que multidão incrível!
E os barões e os cavaleiros,
ministros e camareiros,
damas, valetes e o rei
tremiam como geléia,
daquela grande assembléia,
como eu nunca imaginei!
E os grandões, antes tão fortes,
que pareciam suportes
da própria casa real;
agora tinham xiliques
e cheios de tremeliques
fugiam da capital.
O povo estava espantado
pois nunca tinha pensado
em causar tal confusão,
só queriam ser ouvidos,
ser vistos e recebidos
sem maior complicação.
E agora os nobres fugiam,
apavorados corriam
de medo daquela gente.
E o rei corria na frente,
dizendo que desistia
de seus poderes reais.
Se governar era aquilo
ele não queria mais!
Eu vou parar por aqui
a história a que estou contando.
O que se seguiu depois
cada um vá inventando.
Se apareceu novo rei
ou se o povo está mandando,
na verdade não faz mal.
Que todos naquele reino
guardam muito bem guardadas
as suas pernas de pau.
Pois temem que seu governo
possa cegar de repente.
E eles sabem muito bem
que quando os olhos não vêem
nosso coração não sente
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
O Troco
5. Eu
odeio todas as vezes que você acerta uma música antes de mim. Eu conheço muita
música boa, mais do que muitas outras pessoas conhecem, daí você apareceu com
seu top list.
6. Eu odeio sua saboneteira.
7. Eu
odeio o fato de só você saber fritar ovos do jeito que eu gosto.
8. Eu
odeio adorar todas as comidinhas que você faz.
9. E
por fim eu odeio com todas as forças dirigir com você do lado.
10. Mas
eu odeio principalmente o fato de não conseguir te odiar, mesmo que em faz de
conta, porque no meio das tempestades, eu faço abrigo na serenidade e nela te
abrigo também, odiando a mim mesma por não conseguir te odiar.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Somebody that I used to know
Now and then I think of when we were together
Like when you said you felt so happy you could die
Told myself that you were right for me
But felt so lonely in your company
But that was love and it's an ache I still remember
Like when you said you felt so happy you could die
Told myself that you were right for me
But felt so lonely in your company
But that was love and it's an ache I still remember
You can get addicted to a certain kind of sadness
Like resignation to the end, always the end
So, when we found that we could not make sense
Well, you said that we would still be friends
But I'll admit that I was glad that it was over
Like resignation to the end, always the end
So, when we found that we could not make sense
Well, you said that we would still be friends
But I'll admit that I was glad that it was over
But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need, that though
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need, that though
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know
Now and then I think of all the times you screwed me over
But had me believing it was always something that I'd done
But I don't wanna live that way, reading into every word you say
You said that you could let it go
And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know
But had me believing it was always something that I'd done
But I don't wanna live that way, reading into every word you say
You said that you could let it go
And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know
But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need, that though
Now you're just somebody that I used to know
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need, that though
Now you're just somebody that I used to know
Somebody, I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know
Somebody, I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know
Somebody, I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know
I used to know
That I used to know
I used to know
Somebody
That I used to know
I used to know
Somebody
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Mundo Livre S/A - Ela é indie
Ela é uma fofura (fiu-fiu), clara e cheirosa (lá vem), com olhar de donzela (aiai),
Como ela é mimosa (meu Deus)
Lá vem ela, com o seu coração, transbordando
De um tipo estranho de torpor
Plácido
Lá vem ela, lá vem
Com o seu indômito coração
Pena que nem mod eu sou
Pois ela é meiga, ela é singela
Remosinha, ela é lindinha e ela é indie
(Agora o violãozinho pra machucar)
Pois ela me trocou por aquele baixista original olinda style
Me deixando assim ligeiramente opaco, sem estilo, desprovido de atitude
Pois seu sorriso é morno e o meu peito é só fiu-fiu
Lá vem ela, lá vem
Vem, vem
Que o mais cândido fã do Stephen Malkmus eu devia ser
Pois ela chega sempre com aquela arrasadora quietude
E o perverso olhar transbordando
De uma placidez mortal e inocente
Mas que suavidade fulminante
Ela é uma fofura (fiu-fiu)
Clara e cheirosa (lá vem)
Com olhar de donzela (aiai), ai Anete, ai Anete
Como ela é mimosa (meu Deus)
Se emo eu fosse
Ainda dava pra apelar e chorar
Mas, mas, mas não tem apelo não
Pois eu sou apenas um mangueboy
Triste de mim que sou um mangueboy
Mas a verdade é que, ninguém entende um mangueboy
Retrato pra Iaiá
Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei...
Depois de ter vivido o óbvio utópico
te beijar e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.
De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.
Num retrato-falado eu fichado
exposto em diagnóstico.
Especialistas analisam e sentenciam:
Oh, não!
Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Mais Tarde
Pode ser até do corpo se entregar mais tarde
Parece simples mas a gente às vezes é
E o amor é lindo deixo tudo que quiser eu não me queixo em ser
Acho normal ver o mundo feito faz o mar num grão de areia
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber em ver
Que o vai e vem pode ser eterno
Pra ver quem manda acho que não vai dar tô cansado demais
Vou ver a vida a pé
Acho normal tá no mundo feito faz o mar num grão de areia...
Parece simples mas a gente às vezes é
E o amor é lindo deixo tudo que quiser eu não me queixo em ser
Acho normal ver o mundo feito faz o mar num grão de areia
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber
É de se entregar a sorte e todo mundo vai saber em ver
Que o vai e vem pode ser eterno
Pra ver quem manda acho que não vai dar tô cansado demais
Vou ver a vida a pé
Acho normal tá no mundo feito faz o mar num grão de areia...
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
... Nem tentou enganar-se. Sabia que era pecado e pecou deliberadamente quando sucumbiu a um maligno doce de quinze centavos. Guardou dez centavos para uma futura orgia; mas, como não estava acostumado a carregar dinheiro, perdeu os dez centavos. Isso aconteceu na época em que estava sofrendo todos os tormentos da sua consciência e foi para ele um ato de graça divina. Possuia a impressão ameaçadora da proximidade de um Deus terrível e raivoso. Deus o vira e Deus o punira rapidamente, privando-o até das plenas recompensas de seu pecado. Na memória sempre se referia a esse acontecimento como o grande ato criminoso da sua vida e ao recordar, sua consciência sempre se espetava de remorsos. Era o esqueleto no seu armário. E também sendo tão severo e circunspecto ele o recordava com imenso desgosto. Ficara insatisfeito com o modo como tinha gasto aqueles vinte e cinco centavos. Poderia tê-los investido melhor e, ciente da rapidez do castigo divino, teria deixado Deus para trás gastando os vinte e cinco centavos imaginariamente pelo menos um milhão de vezes, cada vez com maior proveito e vantagens...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Ideal de Vida
Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco..
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco..
“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Você viveu a sua vida ou foi vivido por ela?
" Imagine a ampulheta da existência virada de cabeça para baixo, novamente, novamente e novamente...estaremos eu e você, meras partículas que somos"
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